(actualizado a 31 de Outubro de 2013)
Proposta:
Pessoas integradas (DH), que usam empreendedorismo (ME) para co-criar comunidades resilientes (CR).
(DH - Desenvolvimento Humano, ME - Método do Empreendedorismo, CR - Comunidades Resilientes)
A ligação entre empreendedorismo (método) e o desenvolvimento humano (o conceito de 'integração' é originário do eneagrama e traduz um ser humano que se encontra num estágio em que se realiza plenamente - 'Personality Types', Riso e Hudson, Houghton, 1996) pode ser revista e estudada em 'Educação em Empreendedorismo': "Educar para o Empreendedorismo: A Dimensão Soft. Rita Silva, Albino Lopes, Patrícia Palma, Miguel Lopes (ISCSP, UTL)" in Handbook de Educação em Empreendedorismo no Contexto Português, Dana T. Redford, UC, 2013:
"Assim, os cursos de empreendedorismo deverão focar-se também na promoção do desenvolvimento das pessoas para o risco calculado, para uma maior autonomia, para uma maior autoeficicácia, proactividade, propensão para o risco, networking, resiliência e inteligência emocional."
Um dimensão que a ASHOKA tornou visível, focando a sua intervenção na pessoa que empreende.
Na perspectiva das comunidades resilientes, podemos olhar por duas perspectivas, para as comunidades territoriais que não tem uma figura jurídica, como são as comunidades dos nossos bairros ou cidades e as comunidades que sustentam uma organização como por exemplo as pessoas que trabalham numa empresa e os demais stakeholders ou numa Câmara Municipal.
Por outro lado a ligação entre empreendedorismo (método) e as comunidades territoriais pode ser entendida a luz da 'A Positive Theory of Social Entrepreneurship', Filipe M. Santos, Journal of Business Ethics, December 2012, Volume 111, Issue 3, pp 335-351 (working paper em link):
"The phenomenon of social entrepreneurship challenges our assumptions about human behavior and economic action. It also challenges our beliefs about the role of entrepreneurship in society. Social entrepreneurship is a complementary economic approach that is based on value creation and operates by its own rules and logic. Yet, it is an approach that seems able to address some of the most pressing problems in modern society. "
Este entendimento é reforçado pelo Movimento Transição (http://www.transitionnetwork.org/), do qual se recomenda o visionamento do filme/ documentário in transition 2.0. Numa visão para 2030, em "The Transition Handbook", sublinha-se "As globalised business models have begun to unravel, local entrepreneurs have stepped in to fill the gaps. In the 1930s nearly all businesses were owned by local people; a hundred years later this is true once again. The myth that a strong economy can only emerge if it is based on inward investment is now seen as an oddly warped argument from the Age of Cheap Oil. For communities dependent on globalised businesses, the transition was particularly difficult, but led to a firm commitment to building stable local economies."
"The phenomenon of social entrepreneurship challenges our assumptions about human behavior and economic action. It also challenges our beliefs about the role of entrepreneurship in society. Social entrepreneurship is a complementary economic approach that is based on value creation and operates by its own rules and logic. Yet, it is an approach that seems able to address some of the most pressing problems in modern society. "
Podemos citar os exemplos do Gram Vikas na India e do ColorAdd em Portugal como dois exemplos, de dois tipos em dois tempos diferentes.
Por último a ligação entre o empreendedorismo (método) e as comunidades resilientes que suportam organizações, fenómeno bem conhecido no âmbito do intrapreneurship e bem introduzido no "Effectuation: Elements of Entrepreneurial Expertise, S. Sarasvathy, Edward Elgar Publishing, 2009, referência que também introduz o empreendedorismo como método. O método em si, liga a dimensão da pessoa empreendedor a sua aventura e ao ambiente/ contexto que se transforma o espaço da aventura. Esta dimensão esta bem presente em referências como "The responsibility revolution : how the next generation of businesses will win", Jeffrey Hollender, Bill Breen, Jossey-Bass, 2010, onde se ilustra vários exemplos e projectos de transformação de comunidades e de organizações a partir de empreendedores.
Podemos citar o exemplo da Google ou da Gore que usam o empreendedorismo como forma de inovar, de evoluir, de aumentar a sua capacidade de resiliência.
Também resulta desta visão de empreendedorismo uma dinâmica de aprender-fazendo, muito ligada a tradição da aprendizagem em oficina/ estúdio. Esta vertente é discutida 'Entrepreneurship Education: science or craft ? S. Meisiek, D. Redford" in Handbook de Educação em Empreendedorismo no Contexto Português, Dana T. Redford, UC, 2013:
São estas as dimensões que configuram a inovação da proposta do João Sem Medo:
- centrado da pessoa que empreende
- um processo de aprendizagem diferenciado/ ajustado a cada pessoa e baseado em 'action learning'
- contribuir para o desenvolvimento humano da pessoa que empreende
- empreendedorismo como um método
- e a intenção de transformar a sociedade através da transformação das comunidades e das organizações
Estes elementos estão bem presentes numa comunicação do Otto Schammer no Forúm Mundial de Presencing em 2012, que pode ser vista em The Society 4.0 Revolution e que a Teoria U fomenta, por desenho.
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